quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Eurytides dolicaon deicoon (C. & R. Felder, 1864), foto por: A.C.F. Junior

Eurytides dolicaon deicoon, A.C.F. Junior, Canoas, Teresópolis, RJ.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Antonio Carlos Fiorito Junior (58 anos, médico/pediatra), feita em 08-III-2013, temos aqui nossa quinquagésima sexta participação do público! Trata-se de uma bela imagem de Eurytides dolicaon deicoon (C. & R. Felder, 1864), lepidóptero da família Papilionidae, subfamília Papilioninae, capturada utilizando-se uma Panasonic Lumix FZ 120 (com 14.1m.pixels), no bairro de Canoas, em Teresópolis, RJ. A foto foi tirada em um final de manhã ensolarada, aproximadamente às 12h:40min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Tirada a foto em uma praiainha de riacho, vemos um indivíduo do sexo masculino se alimentando dos sais diluídos na água que compõe a lama.  Esta espécie mais freqüente nos sítios das médias altitudes (iniciam por volta de 400 a 600ms) é muito parecida com a rara, e ameaçadíssima, Eurytides iphitas Hubner, [1821] da qual não se tem registro há muito tempo! Eurytides dolicaon deicoon (C. & R. Felder, 1864), vive nas zonas ribeirinhas das florestas (Brown 1992) gostando de alternar locais semi-ensolarados e ensolarados (semi-heliófilas). Assim, é avistada freqüentemente nas flores ou inflorescências (machos e fêmeas) em trilhas, clareiras e principalmente em praias de riachos (machos) nas bordas das florestas primárias. A presença dos machos no solo úmido é motivada pela necessidade de ingestão de sais para sua maturação sexual. Têm normalmente vôo alto, planado e lento sobre as flores da copa das árvores. Porém, quando ao chão bebendo água, se molestados, os machos mostram comportamento diferente passando a fugir com um vôo veloz e vigoroso.
Os ovos têm postura isolada em diferentes folhas, mas podem ser distribuídos em grande número sobre uma mesma árvore. Lagartas têm forma de cunha. Seu aspecto é liso e com o dorso de cores esverdeadas, com machas ou zonas escuras. Aparentemente não são gregárias. Têm hábito diurno. Alimentam-se basicamente de duas plantas da família Annonaceae como, por exemplo, as dos gêneros Guatteria e Xylopia, ou ainda, de um modo mais raro, plantas da família Lauraceae, tendo como possível exemplo, as do gênero Cryptocaria (Brown 1992).
A. Soares

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Actinote pellenea pellenea Hubner, [1821], foto por: C. Ramalho

Actinote pellenea pellenea, C. Ramalho, Praia do Hospício, Araruama, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Carolina Barboza Ramalho (26 anos, bióloga), feita em 13-VIII-2013, temos aqui nossa quinquagésima quinta participação do público! Trata-se de uma bela imagem de Actinote pellenea pellenea Hubner, [1821], lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Heliconiinae, colhida utilizando-se uma Sony Cyber-shot DSC-S730 (com 7.2m.pixels), no bairro da Praia do Hospício, em Araruama, RJ. A foto foi tirada em uma manhã ensolarada, aproximadamente às 10h:30min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Tirada a foto nas redondezas de uma zona de planície pantanosa, vemos a borboleta se aquecendo ao sol sobre as folhas de uma gramínea Panicum maximum Jacq., uma planta da família Poaceae. A. p. pellenea Hubner, [1821], espécie comuníssima que gosta de voar em locais ensolarados (heliófila) e que pode ser encontrada nas fronteiras entre as cidades e as florestas (semiurbana). Assim sendo, na periferia das cidades, campos ou florestas pode ser avistada freqüentemente em flores ou inflorescências nas bordas de trilhas e estradas. Seu voo é normalmente bem lento sobre as flores. Devido ao fato de ser uma espécie de rápido ciclo de vida (de ovo a adulto por volta de um mês) sua presença é notada na natureza durante o ano todo.
Os ovos têm postura gregária na parte inferior da folha. Lagartas, espinhosas e com o dorso de cores laranja, negras e ainda há uma zona esbranquiçada mais ou menos no meio do corpo. Já o ventre é creme ou amarelado, cor das lagartas nos primeiros estágios de vida. São gregárias, têm hábito diurno e se alimentam basicamente de duas plantas da família Asteraceae: a vassoura-braba, Eupatorium inulaefolium Kunth e o jasmim-do-brejo, Mikania micrantha Kunth (Brown, 1992). Há ainda registro muito interessante de predação. Trata-se do percevejo, da família Pentatomidae, Oplomus catena (Drury, 1782) que ataca das lagartas de A. p. pellenea no sudeste do Brasil (Costa Lima, 1968).
A. Soares