terça-feira, 22 de outubro de 2013

Divulgação 02: I PALESTRA SOBRE OBSERVAÇÃO DE BORBOLETAS NO PARNA ITATIAIA, RJ

Visão do público presente a palestra no Auditório Tom Jobim.
Clique na foto para vê-la ampliada!


No último dia 15 de outubro de 2013, fui convidado pelos responsáveis do Parque Nacional do Itatiaia, RJ, para falar pioneiramente sobre o assunto, Observação de Borboletas.  Assim sendo, apresentei palestra intitulada "O Butterflywatching (Observação de Borboletas). Uma nova possibilidade de incremento ecoturístico em Unidades de Conservação (UC)", onde foram considerados como conteúdos: a difusão do nosso hobby, o destaque para a sua importância nas Unidades de Conservação como agente incentivador do ecoturismo e as possíveis ações sobre os procedimentos no manejo das áreas de uma Unidade de Conservação em função da visitação dos lepidopterófilos.
Cerca de 25 pessoas participaram prestigiando o evento que foi aberto ao público em geral, mas especialmente dirigido ao corpo de funcionários do PARNA Itatiaia.
A repercussão foi à melhor possível! Houve uma excelente aceitação e participação do público proporcionando não só um bom debate, como também, novas reedições da palestra em futuro próximo.
Por fim, cabe relatar a imensa atenção que nos foi dada pelos organizadores e agradecer a prestimosa oportunidade para divulgarmos o butterflywatching.
Muito grato,
Alexandre Soares

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Eurytides dolicaon deicoon (C. & R. Felder, 1864), foto por: A.C.F. Junior

Eurytides dolicaon deicoon, A.C.F. Junior, Canoas, Teresópolis, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Antonio Carlos Fiorito Junior (58 anos, médico/pediatra), feita em 08-III-2013, temos aqui nossa quinquagésima sexta participação do público! Trata-se de uma bela imagem de Eurytides dolicaon deicoon (C. & R. Felder, 1864), lepidóptero da família Papilionidae, subfamília Papilioninae, capturada utilizando-se uma Panasonic Lumix FZ 120 (com 14.1m.pixels), no bairro de Canoas, em Teresópolis, RJ. A foto foi tirada em um final de manhã ensolarada, aproximadamente às 12h:40min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Tirada a foto em uma praiainha de riacho, vemos um indivíduo do sexo masculino se alimentando dos sais diluídos na água que compõe a lama.  Esta espécie mais freqüente nos sítios das médias altitudes (iniciam por volta de 400 a 600ms) é muito parecida com a rara, e ameaçadíssima, Eurytides iphitas Hubner, [1821] da qual não se tem registro há muito tempo! Eurytides dolicaon deicoon (C. & R. Felder, 1864), vive nas zonas ribeirinhas das florestas (Brown 1992) gostando de alternar locais semi-ensolarados e ensolarados (semi-heliófilas). Assim, é avistada freqüentemente nas flores ou inflorescências (machos e fêmeas) em trilhas, clareiras e principalmente em praias de riachos (machos) nas bordas das florestas primárias. A presença dos machos no solo úmido é motivada pela necessidade de ingestão de sais para sua maturação sexual. Têm normalmente vôo alto, planado e lento sobre as flores da copa das árvores. Porém, quando ao chão bebendo água, se molestados, os machos mostram comportamento diferente passando a fugir com um vôo veloz e vigoroso.
Os ovos têm postura isolada em diferentes folhas, mas podem ser distribuídos em grande número sobre uma mesma árvore. Lagartas têm forma de cunha. Seu aspecto é liso e com o dorso de cores esverdeadas, com machas ou zonas escuras. Aparentemente não são gregárias. Têm hábito diurno. Alimentam-se basicamente de duas plantas da família Annonaceae como, por exemplo, as dos gêneros Guatteria e Xylopia, ou ainda, de um modo mais raro, plantas da família Lauraceae, tendo como possível exemplo, as do gênero Cryptocaria (Brown 1992).
A. Soares

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Actinote pellenea pellenea Hubner, [1821], foto por: C. Ramalho

Actinote pellenea pellenea, C. Ramalho, Praia do Hospício, Araruama, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Carolina Barboza Ramalho (26 anos, bióloga), feita em 13-VIII-2013, temos aqui nossa quinquagésima quinta participação do público! Trata-se de uma bela imagem de Actinote pellenea pellenea Hubner, [1821], lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Heliconiinae, colhida utilizando-se uma Sony Cyber-shot DSC-S730 (com 7.2m.pixels), no bairro da Praia do Hospício, em Araruama, RJ. A foto foi tirada em uma manhã ensolarada, aproximadamente às 10h:30min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Tirada a foto nas redondezas de uma zona de planície pantanosa, vemos a borboleta se aquecendo ao sol sobre as folhas de uma gramínea Panicum maximum Jacq., uma planta da família Poaceae. A. p. pellenea Hubner, [1821], espécie comuníssima que gosta de voar em locais ensolarados (heliófila) e que pode ser encontrada nas fronteiras entre as cidades e as florestas (semiurbana). Assim sendo, na periferia das cidades, campos ou florestas pode ser avistada freqüentemente em flores ou inflorescências nas bordas de trilhas e estradas. Seu voo é normalmente bem lento sobre as flores. Devido ao fato de ser uma espécie de rápido ciclo de vida (de ovo a adulto por volta de um mês) sua presença é notada na natureza durante o ano todo.
Os ovos têm postura gregária na parte inferior da folha. Lagartas, espinhosas e com o dorso de cores laranja, negras e ainda há uma zona esbranquiçada mais ou menos no meio do corpo. Já o ventre é creme ou amarelado, cor das lagartas nos primeiros estágios de vida. São gregárias, têm hábito diurno e se alimentam basicamente de duas plantas da família Asteraceae: a vassoura-braba, Eupatorium inulaefolium Kunth e o jasmim-do-brejo, Mikania micrantha Kunth (Brown, 1992). Há ainda registro muito interessante de predação. Trata-se do percevejo, da família Pentatomidae, Oplomus catena (Drury, 1782) que ataca das lagartas de A. p. pellenea no sudeste do Brasil (Costa Lima, 1968).
A. Soares

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Adelpha cytherea aea (C. & R. Felder, 1867), foto por: R. Penalva

Adelpha cytherea aea, R. Penalva, Encontro das Águas, Lauro de Freitas, BA.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Ruy Penalva (61 anos, médico/empresário), feita em 12-VII-2009, temos aqui nossa quinquagésima quarta participação do público! Trata-se de uma belíssima imagem de Adelpha cytherea aea (C. & R. Felder, 1867), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Limenitidinae, tirada através de uma Canon EOS Rebel T1i (com 15.1m.pixels), na localidade de Encontro das Águas, em Lauro de Freitas, BA. Nessa foto, feita em um início de tarde às 13h05min de um dia parcialmente nublado, o autor usou uma lente Canon EF 75-300 IS. A imagem foi capturada com luz natural, abertura de diafragma f/10 e velocidade de 1/800.

Biologia

Nesta foto capturada na área do condomínio, nas redondezas da casa do autor, vemos um flagrante de uma borboleta se alimentando possivelmente no buquê de flores (inflorescência) do Eupatorium sp., uma planta da família Asteraceae. A. cytherea aea (C. & R. Felder, 1867),  é uma espécie que gosta de voar em locais ensolarados (heliófilos). Ela pode ser uma espécie de hábitos semiurbanos sendo, avistada com frequência em parques e jardins nas bordas entre a cidade e florestas. Nos ambientes silvestres está mais presente nas florestas secundárias do que nas primárias. Na rotina alimentar, busca o néctar das flores e inflorescências silvestres, mas também podem visitar flores cultivadas. Possui um voo de moderado, mas quando molestada é rápido. O padrão de cores exibido pelas faces dorsais das suas asas é muito similar entre as espécies do gênero, sendo necessário à observação das faces ventrais para a confirmação de uma espécie.
As lagartas têm corpo com formato incrível! Ele recoberto protuberâncias com espinhos ramificados da cor preta. No dorso, na região pós-cefálica, temos uma dupla de protuberâncias que formam um “V”. Logo após esta porção, há uma área de cor clara (amarelada) com muito menor quantidade de pelos.  Na cabeça, que pode ser avermelhada ou negra (depende da fase da lagarta) há uma “coroa” com protuberâncias similares as que formam o “V” no corpo. Ao norte do Continente Sul Americano, as lagartas da subespécie A. cytherea marcia (Fruhstorfer, 1913), vivem isoladamente sob as folhas e se alimentam de plantas da família Rubiaceae, como por exemplo, de: Sabicea villosa  Roem. & Schult.
A. Soares

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Tegosa claudina (Eschscholtz, 1821), foto por: A. Soares

Tegosa claudina, A. Soares, Rev. Eco. do Guapiaçu, Cach. de Macacu, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Alexandre Soares (52 anos, biólogo), feita em 21-IX-2012, temos aqui nossa quinquagésima terceira participação do público! Trata-se de mais uma boa imagem de Tegosa claudina (Eschscholtz, 1821), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Nymphalinae, capturada através de uma Sony Cyber-shot DSC-W630 (com 16.1m.pixels), na Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, RJ. A foto foi tirada no meio de um final de manhã nublada, aproximadamente às 11h:40min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Com esta foto feita na trilha verde (leva a cachoeira na Faz. Serra do Mar) da REGUA, vemos a borboleta pousada se alimentando em flores silvestres de uma planta herbácia não identificada. T. claudina (Eschscholtz, 1821), espécie comuníssima e extremamente abundante vive qualquer área ensolarada (heliófila) ou, em alguns casos, parcialmente sombreada. Está presente assim nas bordas de trilhas e clareiras nos sítios existentes nas fronteiras entre cidades e florestas, e também, nas florestas secundárias. É boa indicadora de matas que sofreram ação do homem. Ao contrário, do observado nestas últimas áreas, é muito menos abundante nas regiões de matas primárias. Seu voo é normalmente lento e pairado sempre buscando pelas flores ou buquês (inflorescências). Por vezes, também costuma pousar no chão.

Suas lagartas são escuras e têm pontos mais claros que formam falsos anéis ao longo do corpo. O corpo é coberto de processos espinhosos e com finas cerdas. Sua cabeça tem a mesma coloração do corpo. Têm hábitos noturnos e gregários. Alimentam-se de várias plantas da família botânica Asteraceae como, por exemplo, as do gênero Mikania (Freitas, 1991).
A. Soares