quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906), foto por: A. Martin

Heraclides thoas brasiliensis, A. Martin, Rev. Eco. do Guapiaçu, Cach. de Macacu, RJ.
Clique na foto para vê-la ampliada!

O autor, a espécie e a foto

Em foto de Alan Martin (58 anos, contabilista/aposentado), feita em 25-VIII-2010, temos aqui nossa décima quarta participação do público! Trata-se de uma belíssima imagem de Heraclides thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906), lepidóptero da família Papilionidae, subfamília Papilioninae, colhida utilizando-se uma Canon EOS D40 (com 10.1m.pixels), na Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, RJ. Para a foto, tirada aproximadamente às 15h15min de uma tarde ensolarada, o autor ainda usou uma lente macro de Ef 100-400L IS da marca Canon.

Biologia

Tirada a foto na área dos banhados da REGUA, vemos a borboleta com sua probóscide (espirotromba) estendia se alimentando no buquê de flores (inflorescência) do arbusto Lantana camara L., uma planta da família Verbenaceae. Comentando um pouco mais sobre esta planta (a qual o visitante assíduo do blog notará aparecer frequentemente como fonte de alimento para diversas borboletas), que se chama popularmente cambará, acrescentamos que possui diversas características que a tornam “a rainha das flores” para as borboletas. Sendo assim, três dessas características merecem destaque, sendo elas: as variações de tonalidades de cores em seus buquês, a anatomia das flores que o compõe e alta qualidade de açúcares em seu néctar. A primeira característica, possivelmente garante a melhor atratividade, a segunda permite o melhor acesso na hora da alimentação e a terceira confere a riqueza energética na dieta das borboletas. Daí que um bom recurso para se fotografar borboletas é se conhecer os locais onde o cambará é abundante. H. thoas brasiliensis (Rothschild & Jordan, 1906), é talvez a mais comum e observável das espécies da família Papilionidade. É extremamente apta a voar em locais ensolarados (heliófilos), sendo encontrada em todos os ambientes possíveis, ou seja, é urbana, semiurbana e silvestre. Nas matas tem população maior nas florestas secundárias. Está presente onde existam flores ou inflorescências não se limitando aos locais com este ou aquele perfil de habitat. Os machos podem também ser avistados sobrevoando o solo molhado em beiras de praias de rios ou em bordas de poças d’água, após uma chuva, aonde bebem água e retiram sais. Quando não molestados, têm normalmente vôo planado e lento. É majestoso e digno de admiração o seu sobrevôo! Porém se molestada, mostra comportamento totalmente diferente, passando a um vôo veloz e vigoroso. Em fuga é capaz de cobrir longas distâncias voando rápido.

Lagartas têm um corpo coberto de protuberâncias. As cores são em tons de marrom e branco, que se alternam em faixas diagonais no corpo. Essa coloração lhes confere uma ótima camuflagem, pois parecem excrementos de pássaros. Têm hábito diurno, solitário e se alimentam basicamente de plantas da família Rutaceae, em especial dos gêneros: Citrus, Esenbeckia e  Zanthoxylum (Brown, 1992).
A. Soares

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Cyanophrys herodotus (Fabricius, 1793), foto por: R. França

Cyanophrys herodotus, R. França, Jardim Paulista, São Paulo, SP.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Renato França (47 anos, fotógrafo/publicitário), feita em 04-II-2011, temos aqui nossa décima terceira participação do público! Trata-se de um bonito close-up de Cyanophrys herodotus (Fabricius, 1793), lepidóptero da família Lycaenidae, subfamília Theclinae, feita utilizando-se uma Canon EOS T2-I (com 18m.pixels), no bairro do Jardim Paulistano, em São Paulo, SP. Para a foto, tirada aproximadamente às 13h da tarde em dia ensolarado, o autor ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.

Biologia

Tirada a foto no quintal da própria casa do autor, vemos a borboleta sobre o buquê de flores (inflorescência) do arbusto Lantana camara L., uma planta da família Verbenaceae, uma das principais fontes de alimento para a grande maioria das borboletas nectívoras. C. herodotus (Fabricius, 1793), espécie incomum que gosta de voar em locais ensolarados (heliófila) geralmente em topos de morros ou pequenas colinas. Pode ser encontrada nas fronteiras entre as cidades e as florestas (semiurbana), mas está presente comumente nas regiões de florestas secundárias e primárias. Assim sendo, na periferia das cidades, campos ou florestas pode ser vista frequentemente em flores ou inflorescências nas clareiras em elevações do terreno. Seu voo é irregular descrevendo várias mudanças de nível.

Lagartas, como grande maioria dos Lycaenidae: têm corpo vermiforme, são lisas, vivem isoladamente e se empupam sobre as folhas. São polífogas alimentam-se de diversas flores (Brown, 1992), como por exemplos: Schefflera macrocarpum, uma planta da família Araliaceae (Diniz & Moraes, 2002), ou de Magnifica indica, uma Anacardiaceae (Silva et al, 1967-68). Também podem se alimentar de folhas de plantas da família Rubiaceae, como por exemplo, Chomelia ribesioides (Diniz & Moraes, 2002).
A. Soares

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Temenis laothoe bahiana Fruhstorfer, 1907, foto por: J. Bizarro

Temphis laothoe bahiana, J. Bizarro, Rev. Eco. do Guapiaçu, Cach. de Macacu, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Jorge Bizarro (50 anos, médico/entomólogo), feita em 22-III-2011, temos aqui nossa décima segunda do público! Trata-se de uma ótima foto de Temenis laothoe bahiana Fruhstorfer, 1907, lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Biblidinae, capturada através de uma Sony Cyber-shot DSC-W310 (com 12.1m.pixels), na Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, RJ. A foto capturada em uma tarde ensolarada, aproximadamente às 14h30min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Nesta foto feita nas proximidades de sede da REGUA (Fazenda São José), vemos a borboleta pousada, no gibatão ou aroierão, Astronium graveolens Jacq., planta da família Anacardiaceae e madeira de lei utilizada industria madeireira desde a fabricação de moirões até móveis. T. laothoe bahiana Fruhstorfer, 1907, espécie comum, pode ser observada tanto nas áreas sombreadas (umbrófila) das florestas como também nas abertas (heliófilas), onde sua preferência está nas bordas de trilhas e clareiras. Seu voo é rápido, mas não dos mais velozes. É encontrada em matas com florestas secundárias ou primárias. Sendo um lepidóptero que se alimenta do sumo das frutas maduras prefere voar em regiões onde exista grande número de árvores frutíferas. É uma borboleta que muito facilmente comparece em iscas feitas com uma mistura de caldo-de-cana e frutos maduros, daí ser mais uma espécie, na qual o uso de atrativos se torna uma boa tática para se fotografá-la.

Suas lagartas são verdes no dorso do corpo com regiões transversais negras onde estão situados espinhos ramificados. Na lateral é de cor amarronzada. Sua cabeça é negra e exibe um par de cornos negros projetados para frente e com ramificações. Apresentam hábitos noturnos. Alimentam-se preferencialmente de um cipó denominado timbó, Serjania laurotteana Cambess (Dias et al, 2011), planta da família Sapindaceae.
A. Soares & J. Bizarro

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Detalhando o visual dos lepidópteros 01: o corpo

Visão dorsal do corpo de uma borboleta, esquema por: L. A. Costa.
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Legenda 1
A- CABEÇA:
1- Aparelho bucal, espirotromba; 2- Antena (*); 3- Ocelo (*); 4- Olho composto (*).
B- TÓRAX:
1- Protórax; 2- Mesotórax; 3- Metatórax; 4- Base da asa anterior (*); 5- Base da asa posterior (*); 6- Perna anterior (*); 7- Perna mediana (*); 8- Perna posterior (*); 9- Tégula (*).
C- ABDÔMEN.
(*) Sendo o corpo dos lepidópteros composto de duas faces equivalentes (simetria bilateral), todas as estruturas assinaladas existem aos pares, estando suas correspondentes no lado oposto do corpo.

Introdução

Não é nossa intenção apresentar aqui de modo acadêmico a morfologia externa de um lepidóptero. Todavia, achamos que um pequeno resumo seria muito bom, pois além de enriquecer os conhecimentos dos colegas lepidopterófilos, torna-os mais aptos para explorar fotograficamente, não só o inseto como um todo, como também suas peças anatômicas que têm um incrível potencial fotográfico, podendo ser tão belas quanto o próprio inseto. Assim, para ajudar no melhor modo de se reconhecer e distinguir as incríveis e belas partes de uma borboleta ou mariposa (como, por exemplo: as antenas, as asas e os olhos), passamos a apresentar aqui série básica de artigos sobre a morfologia externa dos lepidópteros.

Visão lateral do corpo de uma borboleta, esquema por: L. A. Costa.
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Legenda 2
A- CABEÇA:
1- Aparelho bucal, espirotromba; 2- Antena (*); 3- Ocelo, saliência atrás do olho composto (*); 4- Olho composto (*); 5- Palpo labial (*).
B- TÓRAX:
1- Protórax; 2- Mesotórax; 3- Metatórax; 4- Base da asa anterior (*); 5- Base da asa posterior (*); 6- Perna anterior (*); 7- Perna mediana (*); 8- Perna posterior (*).
C- ABDÔMEN:
1- Abertura respiratória, espiráculo (**); 2- Armadura externa do aparelho reprodutor.
(*) Sendo o corpo dos lepidópteros composto de duas faces equivalentes (simetria bilateral), todas as estruturas assinaladas existem aos pares, estando suas correspondentes no lado oposto do corpo.
(**) As estruturas assinaladas existem aos pares em cada segmento abdominal, onde se encontram figuradas.

O corpo

O corpo de um lepidóptero tem grande parte da sua superfície revestida por um esqueleto externo constituído de placas quitina (substância química que compõe o exoesqueleto dos insetos). Também possui outras áreas, muito menos quitinizadas e mais membranosas. É dividido em três partes: cabeça, tórax e abdômen.
A cabeça é a menor porção do corpo, não apresenta placas subdivisoras e tem basicamente estruturas aos pares, sendo os mais relevantes: as antenas, os olhos compostos, os ocelos (não são facilmente visualizados) e todo um complexo de pares de peças bucais onde se destaca a probóscide (espirotromba), que é uma modificação, pós-metamorfose, do par de maxilas das lagartas. Tal complexo será melhor abordado posteriormente no artigo sobre a cabeça.
O tórax está na parte intermediaria do corpo. É uma porção mais rígida e robusta do corpo, pois é revestido por fortes placas esqueléticas, que se dividem setorizando o tórax. Daí ele ser subdividido em: pró, meso e metatórax. Nele também estão localizados os apêndices locomotores do inseto, que são: três pares de pernas e dois pares de asas. Há ainda de relevante uma proteção na base das asas anteriores (primeiro par), chamada tégula e dois pares de aberturas respiratórias (estigmas ou espiráculos) que são de difícil visualização. Estes apêndices e estruturas serão também posteriormente abordados no artigo sobre o tórax.
Por fim, temos o abdômen à parte mais alongada que é composta de onze segmentos, dos quais oito são visíveis, sendo que, conforme a espécie existe de 6 a 8 pares de aberturas respiratórias, dispostas uma de cada lado do corpo. Os segmentos têm forma anelar conferindo um aspecto tubular ao abdômen, a exceção dos últimos, mais extremos, que são diferenciados de modo a formar a armadura externa do aparelho reprodutor (genitália) e o ânus, que futuramente serão abordados em artigo sobre o abdômen.
A. Soares

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Catonephele sabrina (Hewitson, 1852), foto por: J. Caloi

Catonephele sabrina, J. Caloi, em Pedra Grande, Atibaia, SP.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Juliana Caloi (35 anos, arquiteta), feita em 12-II-2011, temos aqui nossa décima primeira participação do público! Trata-se de um belo close-up de Catonephele sabrina (Hewitson, 1852), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Biblidinae, fotografada através de uma Canon EOS T2-I (com 18m.pixels), na região de Pedra Grande, em Atibaia, SP. A foto foi feita em um final de manhã ensolarado, aproximadamente às 12h. A autora ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.

Biologia

Tirada a foto nas matas das cercanias de Pedra Grande, vemos a borboleta pousada sobre a folhagem. Na Mata Atlântica, C. sabrina (Hewitson, 1852), é uma espécie mais incomum que as outras espécies, desse mesmo gênero, neste bioma: C. numilia penthia (Hewitson, 1852) e C. acontius caeruleus Jenkins, 1985.  Apesar disso, na região de Pedra Grande parece haver uma população abundante sendo vista com mais freqüência do que em outras regiões. A preferência por locais de vôo é vinculada a sítios onde existem frutos maduros caídos ao solo, seu alimento. Os machos também podem ser encontrados no solo em praias de rio e poças d’água, bebendo água e sais. É uma espécie que vive em áreas silvestres estando presente nas matas primárias bem como nas secundárias. Seu voo é rápido. É uma borboleta onde há uma clara diferença entre a coloração do macho e a da fêmea (dimorfismo sexual). Com relação a cores ostentadas pela fêmea ainda há uma curiosidade muito interessante: ela é muito parecida com a fêmea de uma outra espécie de borboleta, Heliconius besckei Menetries, 1857 (Brown, 1992), sendo um bom exemplo de mimetismo.

É difícil precisar detalhes sobre a lagarta de C. sabrina (Hewitson, 1852), pois é pouco conhecida. Todavia, outras espécies representantes do gênero apresentam imaturos onde a coloração e predominantemente verde com espinhos ramificados no corpo. As cabeças freqüentemente têm cores alaranjadas apresentando dois cornos negros ramificados. Vivem nas copas das árvores e têm hábitos solitários. Alimentam-se de diversos tipos de plantas da família Euphorbiaceae, possivelmente dos gêneros Alchornea e Dalechampia.
A. Soares

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mechanitis polymnia casabranca Haensch, 1905, foto por: R. Penalva

Mechanitis polymnia casabranca, R. Penalva, Encontro das Águas, Lauro de Freitas, BA.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Ruy Penalva (60 anos, médico/empresário), feita em 01-VIII-2004, temos aqui nossa décima participação do público! Trata-se de uma bela foto de Mechanitis polymnia casabranca Haensch, 1905, lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Ithomiinae, tirada através de uma Canon EOS10D (com 6.3m.pixels), na localidade de Encontro das Águas, em Lauro de Freitas, BA. Nessa foto, capturada possivelmente em uma manhã de um dia parcialmente nublado, o autor usou uma lente Canon EF 75-300 I. A “chapa” ainda foi tomada com flash, abertura de diafragma f/5.6 e velocidade de 1/60.

Biologia

Tirada a foto no quintal da residência do autor ela mostra a borboleta em repouso sobre um ramo em local com muita sombra sob as folhas do sansão do campo Mimosa caesalpineaefolia Benth, uma planta da família Mimosoideae, antiga Leguminosae. M. polymnia casabranca Haensch, 1905, espécie comuníssima e que gosta de voar em locais sombreados (umbrófilos) é também encontrada nas bordas entre cidades e as áreas de matas (semiurbana). No ambiente de florestas, está presente seja ele de matas secundárias ou primárias. Tem população abundante, sendo um lepidóptero dos mais observados em ambos os tipos de florestas. Possui, não só um voo lentíssimo como também uma reação vagarosa a ataques, pois sendo uma espécie de gosto ruim (impalatável) para seus predadores, não necessita ser veloz ou ágil.

As lagartas têm o corpo com listras amarelas e verdes acinzentadas com um par de processos de espinhosos laterais (não ramificados) por segmentos, na cor creme amarelada. Ainda há um ponto negro na base dos espinhos. Seus hábitos são diurnos e gregários. Alimentam-se de diversos tipos de plantas da família Solanaceae (Otero & Marigo, 1992), podendo, por exemplo, comer Solanum tabacifolium Vell., a jurubeba.
A. Soares

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Memphis leonida editha (W. P. Comstock, 1961), foto por: J. Bizarro

Memphis leonida editha, J. Bizarro, Rev. Eco. do Guapiaçu, Cach. de Macacu, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Jorge Bizarro (50 anos, médico/entomólogo), feita em 22-III-2011, temos aqui nossa nona participação do público! Trata-se de uma foto muito bonita de Memphis leonida editha (W. P. Comstock, 1961), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Charaxinae, capturada através de uma Sony Cyber-shot DSC-W310 (com 12.1m.pixels), na Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, RJ. Foto tomada em um início de uma tarde ensolarada, aproximadamente às 13h45min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Nesta foto capturada nas proximidades de sede da REGUA (Fazenda São José), vemos a borboleta pousada, em um tronco. M. leonida editha (W. P. Comstock, 1961), espécie comum, porém difícil de ser observada, está presente mais frequentemente na sombreada (umbrófila) das florestas, mas pode ser também avistada cruzando velozmente áreas ensolaradas (heliófilas). É encontrada em matas com florestas secundárias ou primárias. Seu vôo, como de todos os lepidópteros da subfamília Charaxinae é muito rápido e normalmente alto. Gosta de ficar próximo da região das copas das árvores. Por estas duas características torna-se difícil o seu avistamento e, consequentemente, a fotografia. Alimenta-se do sumo das frutas maduras caídas no chão das florestas.  Boa tática para se fotografar esta espécie é se utilizar de frutas maduras para atraí-la mais próxima do nível do solo.

Suas lagartas, verdes com tufos marrons ao longo do corpo, se camuflam muito bem no substrato onde vivem. Apresentam hábitos diurnos. Alimentam-se do guaritá, Astronium graveolens Jacq., planta da família Anacardeaceae.
A. Soares & J. Bizarro

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Anartia jatrophae jatrophae (Linnaeus, 1763), foto por: A. Soares

Anartia jatrophae jatrophae, A. Soares, Rev. Eco. do Guapiaçu, Cach. de Macacu, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Alexandre Soares (52 anos, biólogo), feita em 25-III-2011, temos aqui nossa oitava participação do público! Trata-se de mais uma boa imagem de Anatia jatrophae jatrophae (Linnaeus, 1763), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Nymphalinae, capturada através de uma Sony Cyber-shot DSC-W330 (com 14.1m.pixels), na Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, RJ. A foto foi tirada no meio de uma manhã parcialmente nublada, aproximadamente às 10h:30min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Em mais uma foto, feita na área dos banhados da REGUA, vemos a borboleta pousada se alimentando em flores silvestres de uma planta herbácia não identificada. A. j. jatrophae (Linnaeus, 1763), espécie comuníssima e extremamente abundante vive em qualquer área ensolarada (heliófila). É tão comum e resistente as mudanças do ambiente que é possível vê-la até nos centro urbanos das cidades. Seu grau de adaptação ao homem é tão grande que, por vezes, é possível ver tal borboleta sobrevoando as bordas de canteiros de obras onde normalmente florescem pequenos buquês de flores! Ao contrário do observado nas áreas urbanas, semi-urbanas ou florestas secundárias, é menos abundante nas regiões de matas primárias. Seu voo é normalmente lento pairando, lento e sempre buscando pelas flores ou buquês (inflorescências). Também costuma pousar no chão.

Suas lagartas são negras e têm os corpos cobertos de processos espinhosos e ramificados. Tais espinhos, também negros, têm sua base na cor branco/amarelada. Sua cabeça, negra, possui um par de espinhos maiores, porém menos ramificados que os espinhos do corpo. Têm hábitos noturnos e se alimentam de várias plantas das famílias botânicas: Acanthaeceae e Verbenaceae (Brown 1992).
A. Soares

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Eueides aliphera aliphera (Godart, 1819), foto por: F. Fioravanti

Eueides aliphera aliphera, F. Fioravanti, próximo à Pedra Grande, Atibaia, SP.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Fernando Fioravanti (47 anos, engenheiro), feita em 22-IV-2011, temos aqui nossa sétima participação do público! Trata-se de uma bonita foto de Eueides aliphera aliphera (Godart, 1819), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Heliconiinae, fotografada através de uma Canon EOS T2-I (com 18m.pixels), nas cercanias de Pedra Grande, em Atibaia, SP. A foto foi feita em um final de tarde ensolarado, aproximadamente às 17h30min, , o autor ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.

Biologia

Tirada a foto nas matas das redondezas de Pedra Grande, vemos a borboleta se alimentando no ramalhete (inflorescência) do Eupatorium sp.. Planta herbácia é tremendamente atrativa para borboletas das subfamílias Heliconiinae e Ithomiinae. E. a. aliphera (Godart, 1819), é uma espécie comum que gosta de voar em locais ensolarados (heliófila). Pode habitar áreas semi-urbanas (nos limites entre a cidade e a floresta), florestas secundárias e a mata nativa. É observada mais facilmente nas áreas onde a mata foi “perturbada” se alimentando nas flores e inflorescências das trilhas e clareiras que margeiam a floresta. Seu voo é normalmente lento e vive preferencialmente próximo à planta alimento de sua lagarta Passiflora violaceae Vell. (Brown, 1992). Frequentemente pode ser confundida com outras duas espécies: Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779) e Dione juno juno (Cramer, 1779) que lhe são muito semelhantes da aparência (miméticas).

Suas lagartas espinhosas (espinhos negros) têm a região dorsal do corpo na cor negra e com máculas em amarelo. Já a dorso lateralmente são brancas e ventralmente têm cor verde pálida. A cabeça apresenta cornos negros e ramificados. Os hábitos são diurnos. Alimentam-se de diversos tipos de plantas da família Passifloraceae, mas tem preferencia por Passiflora violaceae Vell..
A. Soares

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Locais para se visitar e fotografar 01

Painel de entrada na Rev. Eco. do Guapiaçu (REGUA), Cachoeiras de Macacu, RJ, por: A. Soares.
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Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA)

A Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) está situada no Vale do Guapiaçu, na base da Serra dos Órgãos no do Município de Cachoeiras de Macacu. Trata-se de uma organização não governamental (Ong), criada sob Lei Federal em 2001, juridicamente estabelecida como Associação sem Fins Lucrativos, sendo que tem a missão de preservar a Mata Atlântica e sua Biodiversidade na Região do Alto Rio Guapiaçu. Ela atualmente reúne em suas terras várias fazendas. Dentre elas a fazenda São José, é a porção mais conhecida e onde está localizada sua sede.

Pousada Gaupi Assú Bird Lodge (REGUA), Cachoeiras de Macacu, RJ, por: A. Soares.
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Instalações

A REGUA possui excelentes acomodações. Há uma pousada (Gaupi Assú Bird Lodge) confortável e com todos os recursos para cerca de 20 visitantes, situada dentro da fazenda São José. Dispõe ainda de time de guias ou guarda parques para acompanhar os visitantes em suas caminhadas.

Cachoeira das Três Quedas (REGUA), Cachoeiras de Macacu, RJ, por: L. Rogick.
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Belezas naturais e os lepidópteros da área

A Região do alto Rio do Guapiaçu é um vale montanhoso, com muitos rios e riachos, próximo da base da Serra dos Órgãos, que tem belas paisagens e conta com uma Lepidopterofauna rica. Na REGUA podemos, por exemplo, visitar a área dos banhados, ecossistema que foi degradado no passado e hoje se encontra em rápido e inédito processo de restauração sem igual no país! É uma coisa fantástica e que vale muito a pena ser visitada. Além disso, há tradicionais restaurações de porções da Mata Atlântica e outros belos locais tais como: a cachoeira das Três Quedas (na Fazenda Serra do Mar), o tobogã (Rio do Gato), o poço da Trilha do Ferro além das praias de rio no próprio Rio Guapiaçu. Já os lepidópteros são mais de 300 espécies como opção para fotografar, destacando-se: a ameaçada Parides ascanius (Cramer, 1775), a belíssima Morpho helenor achillaena (Hubner, [1823]), a abundante Diaethria clymena janeira (C. Felder, 1862) e a rara Semomesia geminus (Fabricius, 1793), registro novo para o Estado do Rio de Janeiro.

Poço da Trilha do Ferro (REGUA), Cachoeiras de Macacu, RJ, por: J. Bizarro.
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Acesso de automóvel

O acesso a REGUA dá-se: saindo do Rio de Janeiro, pela Rodovia Washington Luiz toma-se a BR116 (na altura do Município de Duque de Caxias). Depois seguindo pela BR116 (neste pedaço se chama Rodovia Santos Dumont) até o Município de Guapimirim, no Distrito de Parada Modelo, passe para a BR122 em direção ao Município de Cachoeiras de Macacu. Na altura do km32 deve-se sair da estrada à esquerda acessando a estrada do Funchal. A partir daí são 11km por esta estrada até a bifurcação com um bar à direita e placas apontando para Guapiaçú e Hotel Fazenda Santo Amaro aí dobre a esquerda ande 500 m e cruze uma ponte, prossiga por mais 300 metros até uma curva fechada para a direita. Em seguida continue por aproximadamente 500 metros até cruzar uma pequena ponte, logo após a ponte toma-se à direita cruzando um portão que dá acesso à REGUA.

Área dos Banhados (REGUA), Cachoeiras de Macacu, RJ, por: P. Ventura.
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Contato para visitas

Os contatos devem ser feitos através: dos telefones (21) 9859-2080 ou (21) 2745-3998 ou ainda pelo e-mail <aregua@terra.com.br>.
A. Soares

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Hamadryas arete (Doubleday, 1847), foto por: J. Bizarro

Hamadryas arete, J. Bizarro, Rev. Eco. do Guapiaçu, Cach. de Macacu, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Jorge Bizarro (50 anos, médico/entomólogo), feita em 28-I-2011, temos aqui nossa sexta participação do público! Trata-se de uma foto muito bonita de Hamadryas arete (Doubleday, 1847), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Biblidinae, capturada através de uma Sony Cyber-shot DSC-W310 (com 12.1m.pixels), na Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, RJ. A foto foi tirada em uma manhã ensolarada, aproximadamente às 1oh, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Feita a foto em uma trilha da Fazenda Valdemor (recentemente integrada as terras da REGUA), vemos a borboleta em um típico pouso (de cabeça para baixo), em um tronco de um canelão, Nectandra membranacea (Sw.) Griseb, uma planta da família Lauraceae. H. arete (Doubleday, 1847), espécie incomum está presente mais frequentemente na zona sombreada das matas (umbrófilas), mas pode ser também avistada cruzando de passagem pelas áreas ensolaradas (hefiólias). É encontrada em matas com florestas secundárias ou primárias. Seu voo é normalmente rápido e irregular, mas ao sobrevoar o alimento voam em círculos e de forma mais lenta. Alimenta-se do sumo das frutas maduras caídas no chão das florestas. Apesar de pertencer ao grupo das borboletas-estalo (que fazem ruídos de estalidos enquanto voam) os indivíduos dessa espécie não produzem som ao se deslocar.

As lagartas têm o corpo negro com listras verdes e laranjas que se alternam. O corpo é coberto de espinhos negros e a cabeça apresenta cornos ramificados. Apresentam hábitos diurnos. Alimentam-se de diversos tipos de plantas da família Euphorbiaceae, como por exemplo, plantas do gênero Dalechampia.
A. Soares & J. Bizarro

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Dircenna dero rhoeo C. & R. Felder, 1860, foto por: R. França

Dircena dero rhoeo, R. França, Jardim Paulista, São Paulo, SP.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Renato França (47 anos, fotógrafo/publicitário), feita em 06-IV-2011, temos aqui nossa quinta participação do público! Trata-se de um belo close-up de Dircenna dero rhoeo C. & R. Felder, 1860, lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Ithomiinae, capturada utilizando-se uma Canon EOS T2-I (com 18m.pixels), no bairro do Jardim Paulistano, em São Paulo, SP. Nesta foto, feita aproximadamente às 10h da manhã em dia ensolarado, o autor ainda usou uma lente macro de 105 mm da marca Nikkor.

Biologia

Foto batida no quintal da casa do autor, onde vemos a borboleta sobre o buquê de flores (inflorescência) do arbusto Lantana camara L., uma planta da família Verbenaceae, uma das principais fontes de alimento. A probóscide (espirotroma) pode ser vista em ação! D. dero rhoeo C. & R. Felder, 1860, espécie comum que gosta de voar tanto em locais ensolarados (heliófila) quanto em sombrios (umbrófila) sendo o seu voo normalmente lento e pairado. Além do habitat silvestre é encontrada mais freqüentemente nas de fronteiras entre as cidades e as florestas (semiurbana). Daí ter preferência por matas perturbadas ou secundárias (Brown, 1992), apresentando assim, populações maiores nas bordas das cidades ou nas áreas florestas em reconstituição.

Lagartas são lisas, com corpo predominantemente de cor verde clara, áreas no dorso em tom de verde mais escuro e ainda com zonas dorso-laterais amarelas. Seus hábitos são diurnos e se alimentam basicamente de plantas da família Solanaceae (Costa Lima, 1968), como por exemplo, o Solanum paniculatum L., a jurubeba.
A. Soares

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Diaethria clymena janeira (C. Felder, 1862), foto por: A. Soares

Diaethria clymena janeira, A. Soares, Rev. Eco. do Guapiaçu (REGUA), Cach. de Macacu, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Alexandre Soares (52 anos, biólogo), feita em 25-III-2011, temos aqui nossa quarta participação do público! Trata-se de uma boa imagem de Diaethria clymena janeira (C. Felder, 1862), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Biblidinae, colhida utilizando-se uma Sony Cyber-shot DSC-W330 (com 14.1m.pixels), na Reserva Ecológica do Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu, RJ. A foto foi tirada em um início de uma manhã parcialmente nublada, aproximadamente às 9h:30min, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Nesta foto, feita na área dos banhados da REGUA, vemos a borboleta pousada sobre uma folha de um pé de candiúva ou grandiúva, Trema micrantha (L.) Blume, uma planta da família Cannabaceae, pioneira típica desse ecossistema que  foi degradado no passado, mas que agora encontra-se repovoado graças ao inédito projeto de restauração. D. clymena janeira (C. Felder, 1862), espécie abundante que tanto pode habitar a área ensolarada (heliófila) quanto à sombreada (umbrófila), onde procura frutos maduros caídos ao chão para se alimentar sugando o sumo desses. É uma espécie ocorrente nas florestas primárias e secundárias, habitat em que suas fêmeas podem ser vistas frequentemente sobrevoando as proximidades da planta alimento das lagartas, a candiúva. Seu voo é normalmente lento pairando ao redor do perímetro superior ou inferior da copa da árvore onde desovará. Postura esta que é realizada de modo isolado para cada ovo. Já os seus machos podem ser observados voando sobre praias de rio ou poças de água, aonde pousam para beber de água com sais.

Lagartas apresentam variação cromática conforme seus estágios de vida. No último são rugosas com cores: verde no dorso e mais esbranquiçada no ventre. Ainda se destacam, na cabeça dessa bela larva: um par de prolongamentos espinhosos e ramificados, voltados para frente e de cores negra (nos espinhos laterais) e avermelhada (na haste central).  Têm hábito diurno e se alimentam de candiúva, Trema micrantha (L.) Blume, uma planta da família Cannabaceae. É uma espécie que vive na face superior da folha até a formação da crisálida que se efetua sobre a folha do vegetal, fato incomum entre as borboletas da família Nymphalidae (Otero & Marigo, 1990).
A. Soares

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Heliconius sara apseudes (Hubner, [1813]), foto por: M. F. Castilhori

Heliconius sara apseudes, M. F. Castilhori, Parque Nac. da Rest. de Jurubatiba, Macaé, RJ.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Marcelo Fraga Castilhori (35 anos, biólogo), feita em maio de 2008, temos aqui nossa terceira participação do público! Trata-se de uma interessante cena de duas Heliconius sara apseudes (Hubner, [1813]), lepidóptero da família Nymphalidae, subfamília Heliconiinae, tirada através de uma Olympus C5500 Sport Zoom (com 10.5m.pixels), no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (PNRJ), em Macaé, RJ. Nessa foto, capturada aproximadamente às 11h30min da manhã, em dia ensolarado, o autor usou a lente padrão da própria máquina.

Biologia

Tirada a foto na área de restinga arenosa do PNRJ, esta mostra duas borboletas exatamente no momento em que uma das delas (à direita) está com a probóscide do aparelho bucal (espirotromba) estendida para se alimentar no ramalhete (inflorescência) do gravatá Aechmea nudicaulis (L.) Grise, uma planta da família Bromeliaceae. H. sara apseudes (Hubner, [1813]), espécie muito comum e que gosta de voar em locais ensolarados (heliófila), também pode ser encontrada nas bordas entre cidades e as áreas de matas (semiurbana). No ambiente de restinga tem população abundante, sendo um dos mais típicos lepidópteros observados aí. Seus machos possuem duas características comportamentais muito interessantes: se reúnem em bandos para passar a noite e, quando na época da reprodução, copulam as fêmeas logo após a saída dessas das crisálidas, nem esperando pelo distender das asas das companheiras! Seu voo é normalmente lento pairando. Porém, se ameaçada, pode reagir e passar a voar velozmente e com trajetória irregular (Otero, 1986).

As lagartas têm o corpo amarelo com espinhos e cabeça negra, e ainda apresentam hábitos diurno e gregário. Alimentam-se de diversos tipos de maracujás (plantas da família Passifloraceae), podendo, por exemplo, comer tanto o Tetrastylis ovalis (Vell.), o maracujá selvagem, quanto o Passiflora edulis (Sims), o maracujá cultivado.
A. Soares

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Methona themisto (Hubner, 1818), foto por: F. Fioravanti

Methona themisto, F. Fioravanti, Jardim Paulistano, São Paulo, SP.
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O autor, a espécie e a foto

Em foto de Fernando Fioravanti (47 anos, engenheiro), feita em 06-I-2011, temos aqui nossa segunda participação do público! Trata-se de uma bela foto de Methona themisto (Hubner, 1818), lepidópetro da família Nymphalidae, subfamília Ithomiinae, capturada através de uma Nikon Coolpix S570 (com 12.0m.pixels), no bairro do Jardim Paulistano, em São Paulo, SP. Tal foto foi tirada em um início de tarde ensolarado, aproximadamente às 13h, utilizando-se a lente padrão da máquina.

Biologia

Tirada a foto no jardim casa do autor, vemos a borboleta em repouso sobre uma folha de um pé de mexerica, bergamota ou tangerina, Citrus reticulata Blanco, uma planta da família Rutaceae, usada pelo autor para alimentar lagartas de outra espécie de borboleta. M. themisto (Hubner, 1818), espécie comum com excelente capacidade adaptativa pode ser também encontrada na parte edificada (urbana) das cidades bem como nos limites entre as áreas urbanizadas e verdes (semiurbana). Assim sendo, dentro na periferia das cidades ou nas florestas pode ser vista frequentemente em diversas flores de jardins, pomares e trilhas. Seu voo é normalmente lento preferindo voar ao redor dos pés de manacá, planta que serve de alimento para as suas lagartas. Os machos possuem comportamento agressivo quando da ocasião do acasalamento. Eles em voo seguram e arremessam as fêmeas no chão forçando a cópula (Otero, 1986). São borboletas de vida longa, podendo ultrapassar três meses de vida!

Suas lagartas, lisas e de cores negras e com anéis em amarelo, têm hábito diurno e se alimentam basicamente de plantas da família Solanaceae, do gênero Brunfelsia, como o manacá (Otero & Marigo, 1990).
A. Soares